quinta-feira, 26 de abril de 2012

I-Juca Pirama – Gonçalves Dias



O Romantismo no Brasil nasceu após a independência política do país, em 1822. Por ter sofrido rejeição ao tipo de literatura que era criado na época colonial utilizando modelos portugueses, esse movimento necessitou  fazer produções que resgatassem a nossa identidade nacional, ou seja, obras que captassem nossa origem nacionalista, indianista e religiosa. Surgiu assim, a primeira geração do Romantismo no Brasil.

Antônio Gonçalves Dias (1823-1864) nasceu no dia 10 de agosto de 1823, nos arredores de Caxias, no Maranhão, era filho de um comerciante português e uma mestiça. Foi um dos autores que caracterizou essa primeira geração, demonstrando completa adoração pelo indianismo, defendendo a  questão de que eles são a nossa formação nacional.

Análise 

I-Juca Pirama é uma de suas obras que merece destaque, o poema narra o último descendente Tupi, que é feito prisioneiro de uma tribo inimiga. Vale destacar que em I-Juca Pirama (que, segundo Dias, significa 'o que há de ser morto, e que é digno de ser morto”) está na própria forma os ritmos, que são variados, o uso do diálogo, que transmite mais drama ao poema e a imaginação criadora do poeta, deixando bem claro o sentimentalismo romântico, mostrando que a ideia brota do coração.
Tenta expressar que o índio é o modelo de homem brasileiro ideal, ou seja, aquele que é nobre, fiel as obrigações, guerreiro, homem de honra, nos deixando, através do poema, mais próximos aos costumes indígenas. Gonçalves Dias deixou bem claro pelas suas obras, que não se simpatizava com o colonizador branco e o via de forma ameaçadora e abusiva quanto aos indígenas.
O poema é dividido em dez cantos, possuindo 484 versos.

Um comentário:

  1. Também concordo com Gonçalves Dias quando ele diz que o homem deveria ter príncipios iguais ao de um Índio. E o homem branco realmente perdeu tudo isso.
    Thaís Aramayo

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