O
Romantismo no Brasil nasceu após a independência política do país, em 1822. Por
ter sofrido rejeição ao tipo de literatura que era criado na época colonial
utilizando modelos portugueses, esse movimento necessitou fazer produções que resgatassem a nossa
identidade nacional, ou seja, obras que captassem nossa origem nacionalista,
indianista e religiosa. Surgiu assim, a primeira geração do Romantismo no
Brasil.
Antônio Gonçalves Dias (1823-1864) nasceu no dia
10 de agosto de 1823, nos arredores de Caxias, no Maranhão, era filho de um
comerciante português e uma mestiça. Foi um dos autores que caracterizou essa primeira
geração, demonstrando completa adoração pelo indianismo, defendendo a questão de que eles são a nossa formação
nacional.
Análise
I-Juca Pirama é uma de suas obras que merece destaque, o
poema narra o último descendente Tupi, que é feito prisioneiro de uma tribo
inimiga. Vale destacar que em I-Juca Pirama (que, segundo Dias, significa 'o
que há de ser morto, e que é digno de ser morto”) está na própria forma os
ritmos, que são variados, o uso do diálogo, que transmite mais drama ao poema e
a imaginação criadora do poeta, deixando bem claro o sentimentalismo romântico,
mostrando que a ideia brota do coração.
Tenta expressar que o índio é o modelo de homem brasileiro
ideal, ou seja, aquele que é nobre, fiel as obrigações, guerreiro, homem de
honra, nos deixando, através do poema, mais próximos aos costumes indígenas.
Gonçalves Dias deixou bem claro pelas suas obras, que não se simpatizava com o
colonizador branco e o via de forma ameaçadora e abusiva quanto aos indígenas.
O poema é dividido em dez cantos, possuindo 484 versos.
Também concordo com Gonçalves Dias quando ele diz que o homem deveria ter príncipios iguais ao de um Índio. E o homem branco realmente perdeu tudo isso.
ResponderExcluirThaís Aramayo